7 sintomas de HIV na boca: o que fazer (e como confirmar)

Os principais sintomas de HIV na boca são boca seca, aftas, candidíase oral, verrugas orais, além manchas brancas e ásperas, chamadas de leucoplasia pilosa.

Os sintomas de HIV na boca podem aparecer em diferentes fases da infecção. À medida que o sistema imunológico enfraquece, principalmente em estágios mais avançados da infecção, aumentam as chances de surgirem alterações na boca.

Em caso de sintomas de HIV na boca, deve-se procurar um clínico geral para a realização do teste de HIV. Caso seja confirmada a infecção, o tratamento é feito pelo infectologista com a terapia antirretroviral, para impedir a multiplicação do vírus.

Sintomas de HIV na boca

1. Candidíase oral

A candidíase oral, também chamada de sapinho, pode ser um sintoma de que o sistema imunológico está enfraquecido, como em pessoas com HIV.

A candidíase oral é uma infecção causada por fungo que forma placas brancas e dolorosas na boca. Conheça outros sintomas da candidíase oral.

O que fazer: deve-se consultar o clínico geral, que pode indicar o uso de antifúngicos, em forma de gel, líquido ou enxaguante bucal, como a Nistatina.

Em alguns casos, o médico pode recomendar o uso de remédios antifúngicos orais, como Fluconazol. Além de orientar cuidados como escovar os dentes 3 vezes por dia.

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2. Boca seca

A boca seca pode ser um sintoma do HIV na boca, já que o vírus afeta as glândulas salivares, levando a uma menor produção de saliva.

Também chamada de xerostomia, a boca seca pode ser causada pelo uso de alguns medicamentos usados no tratamento do HIV, como o ritonavir.

A boca seca pode dificultar a mastigação e a deglutição, além de aumentar o risco de cáries e infecções na boca.

O que fazer: é recomendado aumentar o consumo de água ao longo do dia, usar balas ou chicletes sem açúcar para estimular a saliva, além de, evitar álcool, cigarro e bebidas com cafeína.

Em alguns casos, o médico pode indicar o uso de saliva artificial ou medicamentos específicos, como pilocarpina, por exemplo.

3. Aftas

Pessoas com HIV podem desenvolver aftas com mais frequência. Chamadas de estomatite aftosa, as aftas são feridas vermelhas que podem aparecer na língua, bochechas ou lábios.

As aftas podem variar de tamanho e número, e costumam doer especialmente ao comer alimentos ácidos, salgados ou picantes.

O que fazer: o clínico geral pode orientar o uso de produtos como anestésicos locais, como Benzocaína, e enxaguantes bucais e anti-inflamatórios, como cloridrato de benzidamina e amlexanox, para reduzir a dor e a inflamação.

Em casos mais graves, o médico pode indicar medicamentos como corticosteroides.

4. Verrugas orais

As verrugas orais podem aparecer em pessoas com HIV, já que enfraquece o sistema imunológico e facilita a infecção pelo vírus HPV. Entenda o que é HPV na boca.

As verrugas costumam surgir como pequenas saliências ásperas, brancas, rosadas ou acinzentadas, parecidas com uma couve-flor, e podem aparecer nos lábios, gengivas, língua ou próximo das amígdalas, e geralmente não causam dor.

O que fazer: o clínico geral deve ser consultado para indicar o melhor tratamento, podendo ser a crioterapia, que é o congelamento das verrugas com a aplicação local de nitrogênio líquido.

Além disso, pode ser recomendado o uso de medicamentos, como ácido tricloroacético ou injeções de interferon alfa, ou a cirurgia, para a retirada das verrugas.

5. Herpes labial

A infecção pelo vírus herpes simplex é comum em pessoas com HIV, podendo causar feridas dolorosas na boca, língua e lábios, que começam com uma sensação de formigamento e evoluem para bolhas e crostas.

Em casos mais graves, a herpes labial pode causar feridas profundas que demoram a cicatrizar.

O que fazer: pode-se aplicar uma pomada antiviral, como aciclovir ou penciclovir, além de pequenos adesivos que podem cobrir as feridas.

Em alguns casos, o médico pode indicar o uso de antivirais orais, como o valaciclovir, por exemplo. veja outros tratamentos para herpes labial.

6. Leucoplasia pilosa

A leucoplasia pilosa é uma lesão bucal comum em pessoas com HIV e pode indicar que o sistema imunológico está comprometido.

A leucoplasia pilosa causa manchas brancas e ásperas, geralmente localizadas na lateral da língua e não saem ao serem raspadas. Em geral, não causam dor.

O que fazer: deve-se consultar o clínico geral ou infectologista, já que o tratamento indicado é a terapia antirretroviral para o vírus do HIV.

Em alguns casos, também pode ser recomendado o uso de medicamentos tópicos aplicados diretamente nas lesões, principalmente por motivos estéticos.

7. Sarcoma de Kaposi

O sarcoma de Kaposi é um tumor vascular que pode ser um sintoma do HIV na boca. Entenda melhor o que é o sarcoma de Kaposi.

Na boca, o sarcoma de Kaposi geralmente aparece na gengiva ou no céu da boca, na forma de manchas, nódulos ou úlceras de coloração avermelhada a roxa.

O que fazer: o oncologista deve ser consultado para avaliar o melhor tratamento, que pode incluir a terapia antirretroviral altamente ativa, evitando que o vírus do HIV cause mais danos.

No entanto, podem ser necessários outros tratamentos como radioterapia, aplicação local de medicamentos, cirurgia ou quimioterapia.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da infecção por HIV é realizado por um infectologista ou clínico geral. Inicialmente através da avaliação dos sintomas.

Além disso, o médico pode solicitar um teste rápido de HIV e/ou pedir exames de sangue ou saliva, que identificam a presença de anticorpos, antígenos ou RNA do vírus, para confirmar a infecção.

No entanto, mesmo na ausência de sintomas, o HIV continua ativo no organismo e se multiplicando. Por isso, o teste continua sendo fundamental para identificar a infecção e permitir o início precoce do tratamento.

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